Em 1945, a União Soviética já possuía um serviço centralizado de espionagem, constituído na base da Opritchnina, que era a antiga polícia secreta dos czares. A primeira agência de espionagem russa foi criada logo após a tomada do poder pelo Partido Bolchevique em 1917, que se chamava Cheka (Comitê contra Atos de Sabotagem e contra-Revolução). Houve muitos nomes até que o serviço secreto soviético fosse chamado de KGB.
A razão desses vários nomes seria a mudança na finalidade e na qualidade do serviço secreto russo com o passar do tempo. A Cheka, tinha a finalidade de combater aqueles que se opunham à Revolução Russa; GPU, Administração Política do Estado, funcionou como uma polícia política do Estado, época em que foi criada a União Soviética (1922); NKVD, Comissariado do Povo para Assuntos Internos, quando Stalin, além de ter consolidado sua própria ditadura, colocou a GPU ao seu dispor, e isso porque se preparava para abrir os Processos de Moscou (1934 – 1936), quando ele eliminou seus adversários políticos.
Até o final da Segunda Guerra Mundial, as principais funções do serviço secreto soviético eram “internas“. Muito mais voltadas para o controle e a repressão dentro da URSS, ao invés de coletar informações do exterior. Apenas no decorrer da Segunda Guerra que Stálin criou um Ministério para a Segurança, que incluía a NKVD e outros serviços (exemplo: Ministério do Exterior e Serviço Central de Informações) junto ao Estado-Maior das Forças Armadas. E com o início da Guerra Fria, os serviços soviéticos ganharam, de pouco em pouco, uma dimensão cada vez mais importante.
Após a morte de Stálin (1953), Laurenti Boria (na época, chefe da NKVD) tentou tomar o poder, dando um golpe, e consequentemente foi executado por membros da cúpula PCUS (Partido Comunista da União Soviética). E então, a NKVD passou por uma reestruturação completa sendo renomeada como KGB.
Após a morte de Stálin (1953), Laurenti Boria (na época, chefe da NKVD) tentou tomar o poder, dando um golpe, e consequentemente foi executado por membros da cúpula PCUS (Partido Comunista da União Soviética). E então, a NKVD passou por uma reestruturação completa sendo renomeada como KGB.
Os agentes da KGB operavam seguindo o Pacto de Varsóvia, ou seja, a KGB incorporava não só a Rússia, mas também os outros países da URSS. Os tentáculos da agência se estendiam aos aparelhos de Estado dos países do Leste Europeu, controlando seus serviços secretos, cúpula dos partidos comunistas, a imprensa, as associações de trabalhadores, todas as instâncias da sociedade, sendo uma “Sombra Onipresente“. Milhões de pessoas foram presas, torturadas e executadas nos presídios, hospitais psiquiátricos e em campos de concentração. A delação era amplamente estimulada e pessoas eram premiadas por acusarem amigos, parentes, pais e irmãos. A KGB, em 1956, coordenou a invasão da Hungria pelos tanques do Pacto de Varsóvia, e também instruiu o governo Polonês a liquidar um movimento reformista naquele mesmo ano.
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